Estudo da Escola de Educação Física e Esportes de Ribeirão Preto (EEFERP) da USP reforça o que já vem sendo observado no dia a dia dos idosos e na literatura científica. Com o avanço da idade a capacidade funcional do idoso fica comprometida e afeta a marcha, a coordenação e o equilíbrio das pessoas, com aumento do risco de quedas e do medo de cair. Por outro lado, idoso ativo tem mais força, vitalidade, bom humor, capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida.
A profissional de Educação Física Roberta Abdala analisou um grupo de 35 mulheres, com idade entre 60 e 75 anos. Esse grupo foi dividido em dois segmentos: o das sedentárias, que não praticaram exercícios físicos no último ano; e o das ativas, que praticaram exercício físico, duas vezes por semana e fizeram exercícios gerais em formato de circuito. Algumas idosas ativas faziam também outros tipos de atividades, como hidroginástica e caminhada.
Foram analisados os parâmetros da marcha (caminhada) de cada idosa, como velocidade, cadência, comprimento do passo, tempo em duplo suporte (tempo gasto pela pessoa para dar o novo passo), e número de passos, todos coletados por meio de um tapete de cinco metros com sensores de pressão.
As idosas caminharam sobre o tapete em duas condições experimentais: velocidade preferida e maior velocidade possível. Foram realizadas três tentativas em cada condição de forma aleatória, totalizando seis tentativas. As voluntárias também responderam a dois questionários, um para avaliar a aptidão física, e outro para avaliar a ocorrência e consequências das quedas.
A pesquisa Padrão de marcha, prevalência de quedas e medo de cair em idosas ativas e sedentárias é resultado de projeto de iniciação científica de Roberta Abdala, graduada em 2014 na EEFERP, com orientação do professor Matheus Machado Gomes.