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Falta de exercício é pior para a saúde do que o cigarro, diz estudo

01/11/2018

Não se exercitar regularmente traz mais prejuízos para a saúde do que tabagismo, diabetes e doenças cardiovasculares, revela estudo publicado recentemente no periódico JAMA Network Open. Para os pesquisadores, o sedentarismo deveria ser tratado como uma doença para qual o tratamento é o exercício físico, assim, um número maior de pessoas passaria a se exercitar com maior frequência. A pesquisa ainda salientou que o exercício pode ser benéfico para pessoas de qualquer idade e sexo, embora sejam mais pronunciado nas mulheres.

O hábito de manter-se fisicamente ativo também pode aumentar a expectativa de vida — em comparação com pessoas ativas, os sedentários apresentam risco 500% maior de morte prematura — e diminuir gastos com saúde. Quem se exercita pouco teve um risco 390% mais elevado do que pessoas que se exercitam regularmente. Esses números são preocupantes, especialmente diante do relatório divulgado no mês passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que revelou que 1,4 bilhão de pessoas são sedentárias em todo o mundo..

Para chegar a essa conclusão, a equipe de pesquisadores da Fundação Clínica de Cleveland, nos Estados Unidos, avaliou o desempenho físico — por meio de uma rotina de exercícios na esteira — de 122.007 pessoas. Os voluntários passaram por testes de stress, que levaram em consideração idade, sexo, altura, peso e índice de massa corporal (IMC), além de medicamentos utilizados e comorbidades (diabetes, hipertensão, hiperlipidemia, doença renal terminal e tabagismo).

Segundo a revista Time Health, após oito anos de acompanhamento, a principal conclusão do estudo foi o papel da atividade física na longevidade. Os resultados também mostraram que pessoas que se exercitam demais não apresentam maior risco de morte, contrariando o que se acreditava previamente. “Uma vez liberados por seus médicos, os pacientes não devem ter medo da intensidade do exercício”, disse Metzl.

Para a equipe, a aptidão cardiorrespiratória está inversamente associada à mortalidade a longo prazo, ou seja, uma boa respiração durante a realização de atividades físicas indica maior expectativa de vida. A alta aptidão aeróbica (bom desempenho durante exercício) foi associada à maior sobrevida e trouxe inúmeros benefícios para pacientes idosos e/ou hipertensos.

Fonte: Veja

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