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Professora Cíntia Amanda, uma história de inspiração e inclusão social

09/09/2016

Conduzir a tocha paralímpica é uma honra dada principalmente para aquelas pessoas que desenvolvem um trabalho diferenciado no campo da inclusão social de Pessoas com Deficiência (PCDs). Esse é o caso da conselheira do Conselho Regional de Educação Física da 1ª Região (CREF1) do Rio de Janeiro e Espírito Santo, a Professora Cintia Amanda Ferreira (CREF 023918 – G/RJ). A profissional coordena o Transforma 2016, programa que promove atividades que estimulam a prática esportiva no contexto olímpico e paralímpico, além da formação do cidadão.

A ação, que conta com incentivo do Comitê Rio2016 e da Secretaria Estadual de Educação, é promovida no Colégio Estadual Hebe Camargo, em Pedra de Guaratiba. Por conta desse trabalho, a Profissional Cintia Amanda foi indicada pelo Instituto Net Claro Embratel, patrocinadora dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e parceira da escola, para conduzir a chama paralímpica.

“O convite foi recebido com muita alegria e comemoração, por poder representar a tantos alunos, professores, amigos, familiares e pessoas que entendem e lutam pela causa. Me senti honrada, um privilégio que já marcou minha vida profissional e que mostra como vale colocar todo amor no trabalho que desempenhamos e isso renova mais as nossas forças”, disse a Prof. de Educação Física.

Ela acrescentou que jamais poderia imaginar que a alegria do momento da condução pudesse superar o que já havia sentido antes. “A emoção toma conta, o tempo passa rápido, o momento se torna único e ali, no trecho a percorrer, senti que não corria sozinha com a tocha paralímpica, mas que milhares corriam comigo levando os valores da igualdade, inspiração, determinação e coragem”.

O trabalho com a inclusão social sempre foi uma bandeira levantada por Cintia Amanda na rede estadual de ensino, onde atua desde 2010. Depois de muita luta, ela afirma que já consegue trabalhar a temática em suas aulas. “A Educação Física possui as ferramentas ideais para promover essa ação na teoria e na prática. Hoje, nós já conseguimos integrar todos e buscar a inclusão, contando com a participação de toda comunidade escolar”.

Antes de assumir o projeto da Rio2016, a Prof. trabalhou no Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, no departamento de PCD, nas áreas de dança e natação. Nesse local, ela desenvolveu trabalhos com autistas e pessoas com síndrome de Down, deficiência física e auditiva. “Tive a grata oportunidade de participar auxiliando cada aluno na transposição dos seus obstáculos, ensinar e também aprendendo muito com as histórias de superação de vida”.

Os Jogos Paralímpicos Rio2016 já começaram e contam milhares de histórias vitoriosas. Para além do quadro de medalhas e do espírito competitivo, a Professora de Educação Física Cintia Amanda espera que esse movimento leve ao debate, conscientização e ação, mobilizando sociedade e governantes em direção ao desenvolvimento do esporte brasileiro. “Precisamos do incentivo certo, que se inicia nas escolas com o Profissional de Educação Física, através de uma boa orientação e de condições para que o trabalho se desenvolva. Ainda temos muito o que discutir, como o legado deixado e as políticas públicas esportivas e educacionais”, concluiu a profissional com o mesmo sorriso que carregou durante os metros em que conduziu e chama paralímpica.

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